sábado, 19 de janeiro de 2013

EM DEFESA DA LÍNGUA

  Desde o Colectivo Terra chamamos a participar este 27 de Janeiro na manifestaçom nacional convocada pola Plataforma Queremos Galego em defesa da língua e em resposta aos contínuos ataques que esta está a sofrer. Aderimos também ao Bloco Laranja, bloco que fará parte da manifestaçom agrupando ao reintegracionismo de base.
  A manifestaçom partirá às 12:00 desde a Alameda de Compstela. A seguir reproducimos os comunicados de Queremos Galego e do Bloco Laranja.

BLOCO LARANJA
Podemos motivar, podemos somar, mas é preciso virar o rumo
   O espanhol, que já era a língua praticamente única das cidades galegas mais povoadas, também se tornou a língua ambiental de um grande número das nossas vilas médias e até pequenas nos últimos anos. Nestas circunstáncias, também ficárom mui reduzidas as pessoas que tenhem algum tipo de contacto com a nossa língua. Sabia-se que ia acontecer e aconteceu, de maneira que algo tem que estar a falhar. Como tantas outras cousas na nossa sociedade, o movimento normalizador necessita de novos ares, de um novo rumo que nom jogue todas as cartas à açom institucional e ao vitimismo de sermos língua minorizada. A situaçom da língua é delicada, mas nós pensamos que é possível voltar a conectar com a sociedade, voltar a motivar, voltar a somar.
   As sociedades atuais e os comportamentos lingüísticos delas som tam complexos que dificilmente se podem induzir ou alterar apenas através da açom institucional. Tampouco o ensino, nem que fosse maioritariamente em galego, asseguraria grandes avanços por si só. Temos muitos exemplos de que esse rumo nom dá os frutos que esperávamos. Muito menos ainda, claro, quando a estratégia consiste simplesmente em ficar à espera dessa situaçom. Guiarmos noutra direçom nom nos instalaria repentinamente na situaçom oposta. Ora bem, parece claro que continuarmos a bater nas mesmas teclas, a de estar à espera de um ambiente ideológico propício e a de limitar os recursos que pomos ao dispor do processo normalizador, nom gera a motivaçom social polo galego que desejaríamos.
  Os coletivos reintegracionistas que hoje nos reunimos no bloco laranja entendemos que, sem renunciarmos a utilizar o ensino e as instituiçons públicas em prol da nossa língua quando estivermos em condiçons de o fazer, também devemos somar outro tipo de vontades e recursos à margem daquelas. Parece-nos o modo mais interessante de devolver ao movimento normalizador o entusiasmo de que atualmente carece e que julgamos imprescindível para conectar com a sociedade. Um novo rumo em que cada pessoa poda pôr o seu grao de areia para que o galego volte a ser, para além da língua que as pessoas identificam com o uso ritual institucional, umha língua de ambientaçom social. Por isso queremos animar-te a trabalhar conosco:
       1. Na promoçom de espaços físicos de socializaçom em galego e polo galego em todas as comarcas do País.
        2. Na promoçom de redes cooperativas de ensino em galego e polo galego em que o galego nom seja apenas a língua da docência, senom o projeto que aglutine toda a comunidade educativa: direçom, docentes, maes e pais, crianças...
        3. No aproveitamento de recursos lusófonos em todos os ámbitos em que seja possível, fazendo do intercámbio com os outros países de fala galega a aposta cultural fundamental do movimento normalizador até que se criem condiçons mais favoráveis para a cooperaçom lingüística com os estados de língua portuguesa.
Som medidas simples que já se verificárom eficazes noutros países, porque nom basta fazermos campanhas de promoçom do galego: devemos fazer do galego umha opçom interessante para as pessoas e para isso temos que ter em conta as pessoas.
 
QUEREMOS GALEGO
Queremos galego na escola! Derrogación XA do decretazo!
    O Tribunal Superior de Xustiza de Galiza determinou en varias sentenzas que os principais piares sobre os que se asenta o mal chamado “decreto do plurilingüismo” son ilegais. Ademais, indicoulle tamén ao Goberno galego que debe realizar unha política de promoción do idioma propio do país de acordo co estipulado pola Lei de normalización lingüística.
    O Tribunal dálle así a razón aos miles de persoas que saíron á rúa nas históricas manifestacións convocadas en defensa da nosa lingua. Ao mesmo tempo, o discurso do PP sobre as linguas no ensino, que xa estaba deslexitimado pola súa falta de apoio nas comunidades educativas, por ser un discurso crispante, por ser antipedagóxico ou por vulnerar tratados internacionais sobre dereitos lingüísticos, está agora, ademais, claramente considerado pola xustiza como fóra da legalidade.
    Este decretazo contra o galego debe ser derrogado de forma inmediata e o Goberno galego debe promulgar unha nova norma que se basee no acordado por unanimidade parlamentar no Plan Xeral de Normalización da Lingua Galega que:
      - Garanta a educación en galego na educación infantil para todas as nenas e todos os nenos galegofalantes e poña especial atendemento didáctico na incorporación a este idioma por parte do alumnado residente en contextos familiares e ambientais castelanófonos, fixando, como mínimo, o 50% do horario semanal en galego nesta etapa educativa para os contextos e contornos en que a lingua predominante sexa o castelán, coa intención de que esta porcentaxe se vaia incrementando progresivamente.
      - Garanta que o alumnado reciba un mínimo do 50% da súa docencia en galego en primaria, ESO, bacharelato e ciclos formativos, que o galego non estea prohibido en ningunha materia e que todas e todos os estudantes finalicen cada etapa educativa con suficientes destrezas comunicativas en galego.       - Desenvolva un plan de formación para que todo o persoal dos centros educaticos de Galiza teña unha competencia oral e escrita suficiente para comunicarse e para desenvolver a súa actividade profesional en galego.